Christine Ruta, docente, PhD, UFRJ-Macae
Luciano Gustavo da Silva tutor, mestre, polo de Volta Redonda CEDERJ/UFRJ
Lucrecia Martins Oliveira, biologa, Prefeitura Municipal de Barra Mansa
Aline da Cruz Barbosa, mestranda 

O “Museu Interativo de Ciências do Sul Fluminense – MICInense” é uma  parceria entre o campus Macaé da Universidade Federal do Rio de Janeiro Prof. Aloísio Teixeira, a Secretaria Municipal de Educação de Barra Mansa e o Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da UFRJ do Polo Volta Redonda do CEDERJ. Barra Mansa esta situada no sul do estado do Rio de Janeiro, tem cerca de 180 mil habitantes, formando uma conurbação entre as cidades de Volta Redonda e Pinheiral com uma população de mais de 450 mil habitantes. Apenas Volta Redonda possui Instituição Federal de Ensino, porém assim como os demais municípios do interior do Brasil não possui nenhum centro de ciências. Desta forma, o MICInense é o primeiro centro de ciências desta região.

Figura 1 - A - Laboratório MultidisciplinarO MICInense iniciou sua implantação em 2010 no CIEP 054 – Maria José Machado de Carvalho, localizado no Vila Maria, bairro residencial ocupado principalmente por uma população de baixa renda. O MICInense possui aproximadamente 150m2 de área total distribuída em dois espaços o ‘Salão de Exposição Interativo’ e o ‘Laboratório Multidisciplinar’. O salão divide-se nas sessões Biodiversidade, Homem, Paleontologia e Física, onde estão expostas as peças em exposição para visitas periódicas do público em geral (Fig. 1) Cada sessão foi organizada segundo um design para auxiliar a acessibilidade do visitante e favorecer a percepção dos temas abordados,  promovendo assim a maior interatividade com o museu. 

Figura 1 - B - Salão de Exposição Interativo - Sessão BiodiversidadeAs visitas duram cerca de 30 minutos e são guiadas por monitores seguindo um roteiro pré-estabelecido, ao término da visita guiada o público circula livremente pelo espaço. Já o laboratório é um ambiente onde os monitores ministram oficinas práticas de ciência, em geral ocorrem após o público ter visitado ao salão, entretanto outras atividades também ocorrem neste espaço independente da visita ao salão, como cursos para atualização de professores do ensino fundamental e médio, assim o laboratório atende alunos, professores e o público em geral. O laboratório possui toda a infra-estrutura para realização de experimentos e observações científicas em biologia, física e química, como pia, geladeira, congelador, microscópios ópticos, telescópio, estufa, banho-maria digital, balanças analíticas, reagentes, vidrarias, jalecos, computador, impressora etc, além de uma pequena biblioteca com livros científicos.                                                                                   Esta divisão do MICInense em dois espaços foi planejada para que o museu não tivesse sua ação limitada a um centro de entretenimento e nada mais, uma das principais críticas que muitos museus interativos recebem, conforme mencionado em Stocklmayer (2005: 162) e pesquisas tem demonstrado. Turney (1996: 1088) sugeriu que somente quando as pessoas vêem uma oportunidade de participar na condução da Ciência ou, de forma mais realista, de desempenhar um papel ativo ao aprender o que a ciência pode realizar, é que elas começam a entender a ciência no sentido mais tradicional. Por essa razão, o MICInense optou em envolver o público não somente através da exposição interativa no salão, mas também através de atividades práticas no laboratório, juntos os espaços se complementam através do diálogo entre o ensino formal e não formal, e o público tem facilitada a percepção da Ciência, e conseqüente aprendizado, após a visita em ambos os espaços.

Figura 2 - A - Oficinas para alunos no Laboratorio Multidisciplinar

O MICInense foi aberto para o público em 2012, sendo o salão de exposição aberto em setembro e o laboratório em janeiro. Desde a abertura dos espaços, no salão de exposição foram realizadas 15 visitas com cerca de 300 pessoas. Enquanto o laboratório realizou mais de 30 oficinas e 28 cursos, como “Construindo o esqueleto, conhecendo o seu corpo”, “Parasitologia”, Do conhecimento cotidiano para o conhecimento científico”, “Ensinando Química de todas as maneiras” e "A Química do cotidiano".

Figura 2 - B - Curso A Química do cotidiano para professores do ensino fundamental de Barra MansaTodos os professores de Ciências das 18 escolas da rede municipal de Barra Mansa participaram dos cursos do MICInense e receberam um “kit laboratório’ contendo materiais como vidrarias, reagentes para a realização das atividades experimentais ministradas nos cursos afim de apoiar a realização destas atividades em suas aulas de Ciências. Assim, o MICInense neste primeiro ano de atividades totalizou cerca de 528 visitantes, porém o efeito multiplicador através dos professores de Ciência freqüentando seus cursos, faz com que o museu atinja um número bem mais amplo.



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